Instituto da Sagrada Família da Madorna - Outubro 2010

Tivemos conhecimento do Instituto da Sagrada Família da Madorna, um Centro de Acolhimento Temporário e resolvemos visitar a Instituição. Ficámos com vontade de fazer uma campanha para angariação de alguns bens que iriam por certo, proporcionar um melhor bem-estar às crianças ali albergadas. O nosso contributo, para além da entrega de roupas e brinquedos que os colaboradores da empresa foram doando, também incluiu a recuperação da sala de estar das crianças. Conseguimos, com a participação de todos, juntar cerca de 500.00€, onde se incluiu a receita obtida através de venda de maçãs dispostas na copa de cada piso. Tivemos também a doação de uma televisão, um computador, uma impressora, um leitor de DVD, um scanner, um monitor, uma secretária para computador com candeeiro e cadeira, cestos para brinquedos, livros, jogos e brinquedos para a nova sala.


Vários colegas puseram mãos à obra e resolveram dar Ternura a quem precisa de Afago.


Vamos saber como tudo se passou…















Este trabalho só foi possível devido às valiosas contribuições dos colegas da Ferconsult, à disponibilidade de alguns e suas famílias para o executar num fim-de-semana e ao material doado por algumas empresas.


Como recompensa: MUITOS SORRISOS que, devido à situação das crianças, não pudemos publicar.

Madeira temporal - 2010



O temporal que se abateu na Madeira a 20 de Fevereiro ultimo chocou quem quer que visse as imagens divulgadas pelos diversos meios de comunicação. Enquanto se consideravam meios de ajuda, o povo madeirense deitou mãos à obra para deixar a sua ilha como o jardim pelo qual é conhecida. Um dos meios de ajuda entretanto encontrado foi promovido pelos CTT, no âmbito do seu Programa de Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social, que assegurava o transporte de caixas com bens essenciais para a Cáritas da Madeira e para a Associação protectora dos Pobres do Funchal. Estas duas associações, pelo conhecimento que têm no terreno, distribuem os bens enviados por quem mais sente a sua falta.
Por este meio, também nós, colaboradores da Ferconsult, enviámos algumas caixas com bens que os colegas foram trazendo, sem que para isso tenha havido necessidade de lançar mais uma campanha no âmbito da solidariedade social.
Fizemos uma selecção dos bens mais adequados á realidade madeirense e usamos as caixas solidárias dos CTT para acondicionar a nossa contribuição. É bom saber que temos colegas prontos a ajudar, até os desconhecidos.

Caminha(da) Solidária - Julho 2009

O Grupo da Solidariedade abraçou mais uma acção de ajuda, assim lançamos a campanha “Caminha(da) Solidária”, que consiste em apoiar a Associação Rumos de Criança, situada em Caminha, e que se dedica a apoiar crianças desfavorecidas e respectivas famílias carenciadas.

Durante os próximos dias (22 a 01 de Julho/09) pedimos a sua gentil contribuição com a oferta de géneros alimentícios, de qualquer género ou tipo, açúcar, farinha, óleo, azeite, massas ou outro que prefira. Os géneros alimentícios recolhidos, e que poderá entregar na recepção, irão ser entregues presencialmente pelo nosso grupo às famílias que deles dependem, em muitos casos como sendo os únicos alimentos de parca subsistência.


Sábado com Conforto - Abril 2009






É sábado, dia 04 de Abril, estou à porta da Ferconsult e o meu relógio marca 8:30 horas. Num outro fim-de-semana qualquer ainda estaria a meio do segundo sono, mas hoje não. Os seis elementos da equipa começam a chegar, um após outro, mais ou menos ensonados, porque o cansaço da semana também se faz sentir. Hoje temos dois objectivos a cumprir: Vamos entregar, roupas, sapatos, brinquedos e géneros alimentícios a duas instituições de solidariedade. Da parte da manhã iremos às instalações das Missionárias da Caridade - Irmãs de Calcutá, em Setúbal, e da parte da tarde iremos à instituição “Janela Aberta”, no Seixal.




Após acondicionarmos a carga, fizemo-nos à estrada e às 10 horas estávamos à porta das Irmãs da Caridade. Falámos com a Irmã Rosa, natural da Índia, entregámos as ofertas e fomos convidados a visitar as instalações e as crianças. Foi possível verificar o esforço em proporcionar às crianças que ali vivem, a sensação de um verdadeiro lar, independentemente de considerarmos que, como a maioria dos lares, também este poderia ser alvo de algumas intervenções de melhoramento. É bem patente, principalmente no caso das crianças com deficiência, o amor e a atenção constante de que necessitam e recebem. Não posso deixar de referir um dos momentos mais marcantes: ao visitarmos as crianças, fizemos uns carinhos a um menino deficiente, cuja única reacção foi verter uma lágrima… Posso dizer que foi marcante e que todos sentimos o mesmo. Ficamos com a sensação de que podemos fazer algo mais, e após conversarmos com a Irmã fica a promessa de um futuro contacto.

O dia já vai a meio e é hora de recuperar forças! Compramos mantimentos e fazemos um piquenique em plena serra da Arrábida. Durante o repasto faz-se uma avaliação da manhã: o primeiro objectivo estava cumprido. Fazemos uma pausa para tomar café e lá vamos nós a caminho da “Janela Aberta”, no Seixal. Chegados ao destino, fomos recebidos por um dos membros da Direcção da Cooperativa “Pelo Sonho É Que Vamos”, da qual faz parte a “Janela Aberta” para acolhimento temporário de crianças dos 0 aos 11 anos, o vizinho “Lar de Jovens em Risco Vida Nova” para acolhimento de jovens dos 12 aos 18 anos e a “Casa Abrigo Nova Esperança”, que acolhe mulheres e seus filhos pequenos, vítimas refugiadas de violência doméstica. A cooperativa também presta apoio social à comunidade por meio da “Creche Sonho Azul”, acessível a crianças de famílias com fracos recursos financeiros e a “Creche Familiar Colo Amigo” que trata da organização e apoio em suas casas de 12 amas, cada uma com 4 crianças a cargo.

Após breve contextualização das valências e necessidades da cooperativa, foi-nos mostrada a “Janela Aberta” e, além de uma visita às instalações, apresentados os bebés que lá se encontravam à guarda “temporária”, esperando que se resolvam os problemas dos graúdos de modo a, um dia, poderem ter uma família de verdade.

As instalações foram remodeladas no ano passado, estando em perfeitas condições. Ficámos um bocadinho com os bebés, olhamos uns para os outros e percebendo que, se ficássemos mais tempo, ficaríamos com a vontade de adoptar todos eles!

Ali ao lado, visitámos também o Lar de Jovens, onde saltou à vista o carácter de uma casa de família, elemento bastante importante para a integração destes jovens que a habitam, contribuindo para isso o facto de se localizar numa moradia isolada, com jardim. Nota-se um extremo cuidado dos responsáveis em todos os aspectos nos quais conseguem intervir, notando-se uma cumplicidade entre os pequenos residentes e os funcionários, inclusivamente, com o representante da instituição, que limpa o nariz ao Alexandre, de 10 meses, que quer colo e está constipado…

Reunimos toda a informação necessária para futuros contactos, e despedimo-nos, a caminho de Lisboa.

A sensação que fica é boa, não é a de dever cumprido, mas sim de uma etapa concluída, por hoje…

São agora 19:00 horas estamos de novo à porta da Ferconsult. Vamos para casa, porque as pessoas que nunca saem dos nossos corações, esperam-nos.

“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no oceano. Mas o oceano seria menor se lhe faltasse uma gota.” – Madre Teresa de Calcutá

Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Chegamos? não chegamos?
Partimos. Vamos. Somos.

( de Sebastião da Gama )


Iniciativa Solidária - Abril 2009

Após duas campanhas mais vocacionadas para o apoio à população sem abrigo de Lisboa, a equipa de solidariedade da Ferconsult decidiu desta feita rumar em direcção a uma nova aposta, as crianças. Escolheu-se assim as Missionárias da Caridade - Irmãs de Calcutá como a Instituição a apoiar, foi lançada uma iniciativa para a recolha de roupas, sapatos e brinquedos, que muita falta fazem a quem toma conta e cuida de “pequenas flores” com tantos problemas sociais, de saúde e até mesmo de deficiência. Esta congregação não pede nada, nem a ninguém, é a sua filosofia...mas aceita o quê e quem vier por bem como forma de suprir as muitas dificuldades com que diariamente lida.


Mais uma vez tivemos uma sensacional resposta à nossa iniciativa sendo imensos os artigos doados, a entrega dos mesmo está prevista para dia 4 de Abril nas instalações destas missionárias, em setúbal, está também pensada a oferta dos serviços da nossa equipa para levar a cabo alguns melhoramentos nas instalações desta instituição.

A Todos os que participaram com os seus donativos e nos apoiaram, o nosso profundo agradecimento.


Sem-Abrigo - Janeiro 2009



Havendo várias populações na zona de Lisboa com necessidades específicas, a população sem-abrigo é-nos particularmente sensível devido à sua visibilidade nas principais artérias e monumentos da cidade que não nos deixa indiferentes.

Frequentemente damos por nós a pensar no motivo que os levou a viverem na rua e se esse motivo estará assim tão longe de nós…

A segunda campanha de solidariedade para a qual todos fomos convocados, teve como principal objectivo a recolha de agasalhos de Inverno, necessidade verificada aquando da entrega dos bens recolhidos no âmbito da campanha anterior.

Assim, no serão do passado dia 23 de Janeiro, um grupo de colegas procedeu à separação dos bens recolhidos consoante se tratassem de mantas, camisolas, casacos, calças, luvas, etc. e à preparação de 25 sacos com alimentos para distribuir a quem deles mais necessitasse.

Depois de tudo preparado e encaixotado, convenientemente acondicionado dentro de três viaturas da Ferconsult, iniciou-se, debaixo de chuva, o percurso Santa Apolónia - Terreiro do Paço – Cais do Sodré - Avenida da Liberdade – Martim Moniz.


Encontraram-se pessoas que poderiam ter sido nossos colegas de escola ou de trabalho, idosos, menores de idade, grávidas, toxicodependentes e outros já enraizados no sítio onde fomos ao seu encontro e dos quais é difícil adivinhar a idade ou até o género. Na generalidade, foi com simpatia que nos receberam ou se dirigiam a nós, perguntando por roupa, alimentos ou capas de plástico que usam para impedir que o pouco que têm fique molhado e incapaz de utilizar. É perceptível a habituação que esta população já adquiriu em ser sistematicamente ajudada desta forma instantânea e volátil.
Com certeza todos eles precisam de ajuda e não é um saco de alimentos que mal dá para uma refeição ou uma manta lavada que farão a diferença na vida destas pessoas, mas naquela noite fez toda a diferença…

Sem Abrigo - Dezembro 2008

“Acredito convictamente que podemos criar um mundo livre de pobreza se todos acreditarmos em conjunto. Num mundo livre de pobreza o único sítio onde será possível ver pobreza será nos museus. Quando as crianças em idade escolar fizerem visitas aos museus da pobreza ficarão escandalizadas com a miséria e a indignidade que alguns seres humanos tiveram de sofrer. Culparão os seus antepassados por terem tolerado esta condição desumana que durante tanto tempo existiu para tanta gente.” – Muhammad Yunus, Prémio Nobel da Paz 2006, Fundador do Grameen Bank

No dia 5 de Dezembro de 2008 um grupo de colaboradores da Ferconsult esteve na rua a distribuir cerca de 70 sacos com géneros alimentares – sanduiches, bolo-rei, bolachas, fruta, leite, iogurtes – e meias de Inverno, entre a população sem-abrigo de Lisboa, na zona de Santa Apolónia, Terreiro do Paço, Cais Sodré e Martim Moniz.

A iniciativa partiu da vontade de duas pessoas e posteriormente, de algumas dezenas de colaboradores que aderiram com donativos, tempo e disponibilidade (o nosso especial agradecimento para ti Anabela Marques, a ‘melhor angariadora’ da nossa história, que tornou possível a soma final de 300€). No total a ‘equipa de rua’ foi constituída por seis pessoas, tendo a empresa disponibilizado dois veículos que foram usados na distribuição.

Partilhar a experiência é difícil, ela teve seguramente significados vários para cada um de nós, alguns comuns. Descobrimos que os sem-abrigos, por sua vez, só têm em comum a pobreza, porque existem pessoas jovens e idosas, homens e mulheres, limpos e sujos, assumidos e disfarçados, com e sem adicções – e cada um com uma história muito própria. No meio dos vários rostos houve casos que marcaram por motivos diferentes. Um foi uma adolescente, toxicodependente, que dormia debaixo do viaduto no cais de Santa Apolónia – disse-lhe o meu nome, apertei-lhe a mão e perguntei-lhe se tinha fome e queria comida. Ela tirou o chapéu em sinal de respeito, ficou a apertá-lo nas mãos e sorriu – disse que sim, foi a mais jovem que encontrámos. Descobrimos que às vezes aqueles que não parecem são também sem-abrigo, como os três idosos na paragem do autocarro em Santa Apolónia – abrigados, juntos, só as várias camadas de roupa davam pistas sobre o facto que também estavam ali para passar a noite – como depois percebemos ser frequente nas paragens de autocarro.

Descobrimos que para além de comida também carecem de dois dedos de conversa e alguma atenção. Descobrimos que nem toda a gente abraça a caridade como uma oferta. Descobrimos que são precisos mais agasalhos e cobertores, para além de comida, porque o calor é a ‘segunda fome’ que sentem – e foi o que nos pediram.

E vamos dar-lhes. Por isso fazemos novo pedido, desta vez de agasalhos (malhas, camisolas, cachecois, luvas, gorros) e cobertores (mantas, edredons, xailes), a entregar até dia 23 Janeiro – quando será feita nova distribuição. As ofertas devem ser entregues na recepção da Ferconsult.

A todos os que participaram e vão participar, o nosso ‘Muito Obrigado’.